sábado, 4 de junho de 2011

           

  SÃO JOÃO DA BARRA HOJE


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O Município está passando por um período de transição histórica que irá transformar a nossa região com um grande desenvolvimento, para um grande progresso no âmbito da economia mundial.
Além dos setores petrolífero, agrícola, pesqueiro e turístico, o município vai se transformar em uma potência Industrial com o Complexo Logístico e Portuário do Açu.
 O acordo firmado entre a empresa EBX e a estatal chinesa Wuhan Iron and Steel (Wisco) terá um investimento  de US$ 5 bilhões, US$ 3,5 bilhões da Wisco e US$ 1,5 bilhão da EBX, pois a  expectativa é de que a produção seja destinada, principalmente, ao mercado chinês. O projeto é o maior investimento realizado pela China no Brasil e o mais caro do país asiático no setor siderúrgico fora de seu território. Entretanto, São João da Barra não vai ser mais a mesma, seja no aspecto cultural, político, econômico, social ou turístico.
Estudos mostram que a população de 32.747 (estimativa, IBGE/2010), aumentará em 15 anos  para 250 mil, pois com esse aumento de migração poderá causar uma explosão demográfica.
O município está se preparando para este desenvolvimento.
                                                                          
                                                                                Flávia Cristina


       

 A História de São João da Barra



  HISTÓRIA SIMPLIFICADA DE SÃO JOÃO DA BARRA

Foi a partir de 1630, com a chegada de um grupo de pescadores de Cabo Frio, que se iniciou efetivamente a povoação do Norte Fluminense. Com a morte da mulher do pescador Lourenço do Espírito Santo, este se retira do pontal da barra – onde hoje se localiza Atafona – indo fixar residência mais para o interior num pequeno elevado de areia junto ao rio Paraíba do Sul. Após construir sua pequena cabana de palha Lourenço logo foi seguido por outros pescadores, dando eles início a construção de uma pequena ermida em louvor a São João Batista.
Durante muitos anos o pequeno povoado pouco se modificou, sendo que já em 1644 era a capela de São João confirmada pelo prelado D. Antônio de Maris Loureiro, época em que se delineavam os contornos do pequeno arraial contando com algumas casas, todas de palha, situação que vai perdurar até a elevação do povoado a categoria de Vila em 1676. Segundo o historiador Fernando José Martins. Ainda segundo Martins, a população da recém criada Vila era de aproximadamente 30 pessoas que ele relaciona a sua obra.
Dedicando-se à pesca, a algum transporte de mercadorias, criação de gado vacum e cavalar e ao início da cultura de cana, foi que viveu durante o século XVII  a gente dessa terra. Por essa época, foram abertas a Rua da Boa Vista, a única que existiu durante muitos anos e a Rua Direita, inicialmente chamada, de Rua do Caminho Grande e que servia para os moradores da barra para virem às missas e negócios na vila.
Como o alvorecer do século XVIII, tomou importância o transporte fluvial entre a vila de Campos e vizinhança com o porto da Bahia, para onde seguia toda a produção açucareira, via São João da Barra. Isto fez crescer a entrada e saída de embarcações em nosso porto, com isso iniciando um pequeno desenvolvimento urbanístico na vila, que passa a contar com um maior contingente populacional.
Neste período é intensa a vinda de portugueses para a vila, e consequentemente um maior número de casas. Neste século houve a abertura de novas ruas como a Rua do Rosário aberta em 1774, a do Passos em 1778, com o nome de Rua São Benedito, a do Sacramento em 1792 e a da Banca, que formava a parte de frete da vila em relação à barra. São dessa época as melhorias na Igreja Matriz e na Casa da Câmara e Cadeia Pública que foram reformadas sendo construídas de pedra e cal com suas respectivas cobertura de telhas confeccionadas na única olaria existente.
Com o crescimento da vila, surgem novas devoções religiosas e dessa forma o século XVIII vê nascerem às irmandades do Santíssimo Sacramento e Senhor dos Passos, anterior a 1730, época em que se inicia a construção de sua capela anexa à igreja matriz, e a de Nossa senhora do Rosário em 12 de outubro de 1727, também logo erguendo junto à matriz uma capela para a mãe de Deus. Data de século o início da devoção de São Benedito que teve sua irmandade criada e posteriormente em 1816 iniciadas as obras de sua igreja.
Era por essa época muito pobre a vila de São João Batista da Barra, fato que se pode verificar em documentos transcritos por Fernando J. Martins, e em 1750 o Senado da Câmara determina através de decreto, que sejam providenciadas alfaias decentes para a acomodação das autoridades que visitassem a vila por ocasião das correições. Também em 08/12/1751 outro decreto determina que não mais se construam no perímetro urbano casas cobertas de palha, o que denota um melhoramento urbanístico na vila.
Contudo era ainda a vila muito pobre, conclusão tirada pela descrição do Capitão Manoel Martins do Couto Reys que em 1785 assim descreve a vila: “He muito pobre e pouco populosa: está situada tão bem em huma planície sobre áreas na margem do Paraíba. Distante de sua barra, pouco mais de meya legoa. Contém dentro em si 111 fogos unicamentea tem dos que se manifestão nos seus lugares exteriores.” É ainda Couto Reys quem nos informa que neste mesmo período havia neste número de fogos 31 casa cobertas de palha e 80 de telha das quais cinco são ocupadas com pequenas lojas e dois com tabernas. Dessa forma vai andando a vila que conhecerá progresso e notoriedade com início do século XIX.
O alvorecer do século XIX trouxe para o Brasil a Família Real e com ela todo um entourage palaciano que acomodada no Rio de Janeiro necessitava de gêneros diversos. São João da Barra, que já vinha se dedicando ao comércio dessa região com aquela cidade passou a suprir as necessidades da recém instalada Corte.
Se o comércio se intensificou, melhoraram as condições financeiras dos habitantes que, por conseguinte também melhoraram seus costumes e hábitos.
Aos poucos a vila foi conquistando melhorias; novas irmandades formaram criadas, como a de São Benedito, São Miguel e Almas, e a Ordem Terceira de Nossa Senhora da Conceição e Boa Morte e São Pedro, além das devoções de Nossa Senhora das Dores e Nossa Senhora da Penha, na Barra , foram abertas escolas públicas e particulares, prédios vistosos e elegantes construídos, os Jovens das principais famílias mandados para Universidades, sociedades musicais e dramáticas inauguradas. De forma que visitando a Vila em 1847 o Imperador D. Pedro II não teve dúvidas que o progresso visto era sinal que a vila merecia ser elevada a cidade, o que fez através de decreto datado em 17 de Junho de 1850.
Econômica e socialmente, São João da Barra alcançou seu apogeu neste período o que atesta a descrição do Almanaque Laemmeth “... A cidade edificada à margem direita do Rio Paraíba (...) tem 804 casas entre as quais 46 sobrados de um ou dois andares; destas casas são habitadas 758, dividindo-se em 19 ruas, 39 becos e travessas e seis praças. Tem 4.790 habitantes, dos quais 2.623 do sexo masculino e 2.167 do sexo feminino. As ruas e praças são apenas calçadas nos passeios junto às casas, mas o terreno é todo arenoso e enxuto...”.
Foi neste século que inauguraram, com o auxilio do imperador, a Santa Casa de Misericórdia; a Usina Barcelos, propriedade do barão de mesmo nome; duas Companhias de Navegação; uma Companhia Agrícola; uma Companhia de Cabotagem; a Companhia da Valla Navegável do sertão de Cassimbas; a Sociedade Beneficente dos Artistas, que construiu em 1902 o Teatro São João; a Sociedade Marítima Beneficente; a Sociedade Musical e Carnavalesca Lira de Ouro e a Banda Musical União dos Operários, sucessora da extinta Lira de Ferro, fundada anteriormente e a loja Maçônica Capitular Fidelidade e Virtude, datada de 24 de março de 1839.
O progresso que alcançou a cidade por essa época fez instalarem-se os vice-consulados de Portugal, Espanha, Baviera e Paises Baixos, que cuidavam dos interesses desses países em seu comércio com São João da Barra.
As Escolas aumentaram em número e qualidade, hotéis foram abertos, bilhares, padarias, alfaiatarias, barbearias, ferrarias, funilarias, tornearias passaram a funcionar movimentando o comércio da cidade que chegou a contar com Tipografias, e Relojoeiros, Poleeeiros, Açougues; 60 Lojas de Tecidos, mais de 50 de Secos e Molhados, Seleiros, Agência de Aluguel de Carros, Agências de Serviços Fúnebres, Despachadores de Embarcações, Boticários, Sapatarias, Estaleiros de Construção Navais, Fogueterias, Marcenarias, Olarias, Fábricas de Charutos, Cigarros e Licores, Lojas de Maçames e Tintas, Fotógrafos e Retratistas, Bilhares, Oficinas de Calafates e Trapiches.
A navegação de cabotagem, os navios a velas e a vapor movimentavam o Porto Sanjoanense que se desenvolvia paralelamente ao crescimento da cidade que começou a receber Portugueses de diversos pontos da metrópole. É neste, que chegaram aqui os Nunes Teixeiras, os Ribeiros de Seixas, Os Lobato, Cintra, Melo, Lisboa, Pinto da Costa, os Moreira, os Carrazedo, Souza e Neves, Tinoco, Gomes Crespo, Souza Valle, Costa Araújo, Mattos Alecrim, Pavão, Maia da Penha, Motta Ferraz, Macedo, Ferreira de Azevedo, Costa Cobra, Rebola, Lopes, ou seja, os principais troncos das famílias que hoje povoam a cidade.
E foi dessa forma que o progresso se instalou durante o século XIX dando-lhe prestígio e notoriedade. Mas o iníciar do século XX, mais precisamente em 1918, após a venda da Companhia de Navegação, e com a abertura da navegação de cabotagem a navios estrangeiros, fez todo esse progresso desmantela-se qual Castelo de Areia. Do progresso, São João da Barra conheceu a ruína que só não foi total pelo surgimento da Indústria de Bebidas Joaquim Thomaz de Aquino Filho, sustentáculo da economia sanjoanense por todo este século que termina. E só agora com advento do Petróleo, o desenvolvimento retorna a Cidade de São João da Barra, 150 anos após a criação da Cidade.

Bens Históricos de São João da Barra

Antigo Grupo Escolar
Bela edificação tipo “chalet” ao gosto romântico, típico do último quartel do séc. XIX, com elementos decorativos que denotam apuro formal e construtivo. O prédio tem construção anterior à implantação do colégio, servindo inicialmente de residência da família do rico armador de navios Manoel José Nunes Teixeira, o Coronel Teixeira, e sua mulher D. Mariana Teixeira.
Em 12 de dezembro de 1922 é inaugurado o Grupo Escolar Alberto Torres pelo presidente do Estado, Raul de Moraes Veiga, funcionando com este uso por quase 50 anos. Desativado em 1970 devido à precariedade da conservação e incompatibilidade com as necessidades de espaço.
O edifício é construído de um único corpo de dois pavimentos com planta retangular. Uma escada lateral de cantaria e guarda corpo  de serralheria, serve de acesso ao segundo andar.
Sua fachada principal é vazada por oito janelas de vergas retas, guarnecidas por esquadrias de vidro e veneziana. O pavimento superior possui quadro janelas rasgadas com sacada corrida em serralheria. No tímpano, um óculo central coroa a frontaria.

Igreja Matriz de São João Batista
A mais antiga igreja de São João da Barra, erigida em louvor do padroeiro São João batista em 1630. Era uma pequena capela de madeira e localizava-se no mesmo local onde hoje existe o belo templo da Matriz.
Sendo de construção precária, poucos anos após erigida, já esse pequeno santuário achava-se completamente inservível, o que levou à sua reconstrução em 1679 e à sua reforma em 1713.
Uma tragédia  ocorreria na madrugada de 15 de julho de 1882, um pavoroso incêndio destruiu quase totalmente o magnífico  templo. Sua reconstrução em alvenaria motivou as autoridades e a população. Neste incêndio só permaneceram de pé as duas capelas laterais. A torre sineira e de construção posterior ao resto de templo.

Antiga Casa da Câmara E Cadeia Pública
Construída em terreno adquirido de D. Cecília Andrade, a Casa da Câmara e Cadeia Pública foi edificada pelo construtor Antônio Fernandes da Silva em 1709, posteriormente reformada em 1736, sendo o presidente da Câmara nesta época o corregedor José Pinto Ribeiro.
A construção não se caracteriza pelo cuidado com a forma, mas apenas com a resistência sendo suas paredes de grossura invulgar  e as janelas fechadas por grades tramadas em rede.

Igreja de Nossa Senhora da Conceição e Boa Morte
Em antiguidade é o segundo templo da cidade, construído para abrigar a Ordem Terceira de N. Senhora da Conceição e Boa Morte após a chegada nesta cidade da linda imagem de N.S. da Boa Morte trazida da Bahia pelo marinheiro Antônio Alberto de Vasconcelos em 1802.
Sua construção em pedra e cal deveu-se à benemerência do Comendador Joaquim Thomaz de Farias (traficante de escravos está enterrado na Igreja da Boa Morte. Assim como D. Francisco Bento de Jesus Faria), que com gastos pessoais de cerca de cinco contos de réis edificou-a com grossas paredes.

Fórum Municipal
O prédio que hoje abriga o fórum de S. J. da Barra foi mandado construir no século XIX para residência do rico traficante de escravos o comendador André Gonçalves da Graça e sua esposa D. Clarinda Dias de Jesus.
Por ser o prédio mais elegante e confortável da época, serviu para hospedar D. Pedro e sua comitiva quando da visita destes à nossa cidade em 1847.

Residência do Coronel Francisco Pinto
Elegante edifício em único corpo de dois andares com planta retangular, construído para residência do armador de navios o Coronel Francisco Pinto da Silva na década de 1860.
Em elegante estilo “chalet” o prédio tem no andar superior três janelas rasgadas guarnecidas por sacada de serralheria típicos do período. No andar térreo uma porta lateral dá acesso a um corredor com escada interna para o segundo piso. Também um portão duplo dá acesso a garagem.
Em frente não rio Paraíba este edifício faz frente a ruína do antigo trapiche, formando um interesse conjunto.
Fonte: www.sjb.rj.gov.br/cidade2.asp


Uma das maiores historiadoras do Brasil




Doutora em história social pela Universidade de São Paulo (USP), com pós-doutorado em Ciências Sociais pela Escola de Altos Estudos (França), Mary Del Priore é especialista em História do Brasil. Cultura, comportamento, vida privada, família, mulher, criança, corpo e sexualidade são temas-destaque na obra da autora, historiadora e pedagoga. No campo do magistério, ministrou cursos na Universidade de São Paulo, Universidade Federal de Ouro Preto, XII Bienal Internacional do Livro de São Paulo, Instituto Sedes Sapientiae São Paulo, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Fundação Universidade Federal do Amapá e Universidade Salgado de Oliveira no Rio de Janeiro.

sexta-feira, 3 de junho de 2011


Patrimônios Culturais e Turísticos de São João da Barra- RJ


  • Igreja de São João Batista
  • Igreja de Nossa Senhora da Penha
  • Igreja de São Pedro
  • Igreja de São Benedito
  • Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte
  • Igreja Nossa Senhora dos Navegantes
  • Palácio Cultural Carlos Martins
  • Cine Teatro São João
  • Centro Cultural Narcisa Amália
  • Antiga Casa da Câmara e Cadeia Municipal
  • Estação das Artes Derly Machado
  • Igreja de Santo Amaro
  • Cais do Imperador
  • Cais da Imperatriz
  • Cais do Alecrim
  • Ruínas do Trapiche
  • Solar do Comendadador André Gonçalves da Graça (atual Fórum)
  • Delta do Rio Paraíba do Sul
  • Ruínas de Atafona
  • Praia Fluvial do Viana
  • Usina Barcelos
  • Palmeiras Imperiais
  • Estação de trem da extinta Companhia da Leopoldina Railway, em de Atafona
  • Espaço da Ciência

 

O BRASÃO DE ARMAS DO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DA BARRA

Deve-se ter presente que um Brasão de Armas Municipal
não é uma logomarca de uma administração publica
ou de uma empresa comercial, e não se transforma
com as mudanças ocorridas na política ou
pelo dinamismo do desenvolvimento ou pelo crescimento institucional e empresarial.


A ORIGEM DO BRASÃO DE SÃO JOÃO DA BARRA- Ao não existir na região uma assessoria especializada em heráldica, foi inevitável que muitas administrações municipais de São João da Barra adotassem e usassem em seus documentos as Armas da Republica. Um fato relevante que contribuiu para esse uso foi a vigência de uma determinação legal em vigor desde 1930, e posteriormente acentuada durante o período do Estado Novo (1937-1945), que proibia expressamente aos municípios de terem símbolos próprios.

Tal proibição foi somente abolida com a Constituição do Brasil de 1946, posteriormente confirmada com a Constituição de 1967 e re-confirmada com a Constituição de 1988, que em seu Artigo 13 e parágrafo primeiro define: “São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais”, e seu parágrafo segundo reza: “Os Estados, o Distrito Federal e os municípios poderão ter símbolos próprios”. Para uma inequívoca compreensão, destacamos que o termo “armas” usado na Constituição é outra forma para se referir a “brasão de armas”.

Por causa disso, era natural que os responsáveis pelo município de São João da Barra usassem os símbolos nacionais. Entretanto o desenvolvimento municipal motivou às autoridades a dotar o município de símbolos próprios, e as impeliu a buscar essa representatividade num Brasão de Armas e numa Bandeira Municipal, como aconteceu a meados de 1966.

Assim, tendo em vista as disposições constitucionais vigentes, o então Prefeito Municipal de São João da Barra, Alberto Dauaire solicitou e recebeu, sem qualquer ônus para o Município, a assessoria do Dr. Alberto R. Fioravanti, então Delegado no Estado do Rio de Janeiro do Supremo Tribunal de Armas e Consulta Heráldica do Brasil, que é uma entidade cultural, sem fins lucrativos, destinada ao estudo e divulgação da heráldica, quem lhe proporcionou o projeto para criar o brasão e a bandeira que foi aprovado pela egrégia Câmara de Vereadores e se tornou lei municipal.

Para que se pudesse elaborar o Brasão de Armas para São João da Barra, foi necessário recorrer aos documentos escritos que relatavam à história, conhecer os vários elementos da sua geografia, da sua sócio-economia, os monumentos existentes e, entre todos, eleger os mais significativos. Assim, através da leitura de todos esses ingredientes é que foi possível construir as Armas de São João da Barra, de forma que as mesmas fossem simples, harmoniosas e, como não poderia deixar de ser, de leitura e interpretação fáceis.

Devemos ter presente que para a composição de um brasão de armas ou de uma bandeira é necessário que esses símbolos destaquem fatos históricos e sócio-econômicos do município e que se atenda a umas tantas regras, como as de proporção, partição, cores, peças a serem incluídas internamente como também os elementos externos ao escudo. Ao lado dessas regras, há também algumas leis universalmente aceitas que regem toda a sistematização heráldica e a combinação de cores, entre outras, e elas foram devidamente contempladas no brasão e na bandeira de São João da Barra.

Um brasão de armas e uma bandeira são, e sempre serão os símbolos de maior importância para um Município e, sobre os quais, todo cidadão deveria conhecer sua descrição e seu significado, para assim ter sempre orgulho deles.

DESCRIÇÃO HERÁLDICA

Dentro dos preceitos universais da heráldica a descrição do Brasão de Armas de São João da Barra é a seguinte:

“Escudo português partido; o primeiro (a destra) em campo de azul (blau) seis estrelas de ouro, postas 2, 2, e 2; o segundo de vermelho (goles) com uma coroa de penas, com cinco penas visíveis (cocar indígena), sobre duas flechas cruzadas em aspa, tudo de ouro; cortado de prata, com um encontro (cabeça) de boi na sua cor natural; e a sua vez cortado de verde (sinopla) com uma barra ondada de prata e aguada de azul (blau). O escudo esta assentado na proa de uma quilha de barco de madeira, na sua cor. Como suportes ou apoios, duas torres de usina na sua cor, cada uma superposta por um peixe de prata, postos em cada lado do escudo. Na base do escuto, um listel de prata ostenta os seguintes dizeres de negro (sable): “São João da Barra”. Encimando o conjunto, como peça máxima, a coroa mural de cinco torres de prata, com suas portas abertas de negro, que é o símbolo heráldico de cidade.”

O Brasão de São João da Barra, descrito acima, vem sendo utilizado nos documentos municipais desde 1965. Entretanto, com o passar dos tempos, devido à emancipação dos distritos que deram origem ao Município de São Francisco do Itabapoana, o desenho do brasão teve que sofrer um indispensável ajuste no seu primeiro quartel; primeiro quando foi reduzido o numero das estrelas representativas dos distritos municipais, e depois quando foi aumentado, para igualá-las ao numero dos distritos integrados no município de São João da Barra.

Lamentavelmente, por razões fora do controle das autoridades municipais, tanto as proporções do escudo como os detalhes do desenho e das cores de suas peças sofreram involuntárias deturpações iconográficas, que agora com este estudo ficam sanadas.

Para a realização correta do desenho do Brasão de Armas em forma digitalizada, tanto a cores como em preto e branco, se contou com a valiosa cooperação do arquiteto e heraldista paulista, o Dr. Paulo Marcelo Rezzutti, Membro Correspondente, em São Paulo, do Supremo Tribunal de Armas e Consulta Heráldica do Brasil (STACHB).

A história, os marcos geográficos e os dados sócios econômicos que poderiam ser representativos do município sempre foram muito amplos e por isso foi de suma importância restringir ao máximo o número de elementos que figurariam no campo do escudo para dar-lhe maior realce e valor. E foi seguida uma das máximas heráldicas, defendida pelo celebre mestre heraldista italiano, Goffredo di Corollanza, que diz: “Chi há di piu há di meno”, ou seja, “Quem tem muito tem pouco”. O que significa que quanto mais simples for a representação de um brasão, mais valor e representatividade ele incorpora.

O escudo de um brasão é o campo onde estão representadas as peças representativas das armas. Como arma defensiva os escudos eram redondos, ovais, convexos, quadrangulares ou oblongos. Durante o século XI essa arma se alargou ao alto, terminando em ponta. O escudo cobria quase todo o corpo do cavaleiro e era feito de madeira ou de couro, guarnecido com aplicações de placas de cobre ou de ferro, e era adornado de pinturas e de emblemas dos mais variados.

Os escudos e brasões não se traçam ao acaso, com proporções arbitrarias, mas tem proporções determinadas que devem ser respeitada. Na representação heráldica, seja ela de família ou de domínio, o escudo tem a proporção regulamentar de sete medidas de largura por oito de altura. Cada medida recebe o nome de módulo, e para se determinar as dimensões do escudo no Brasão de São João da Barra basta seguir uma simples “regra de três”: “oito está para sete, assim como N (altura) está para X (largura). Por exemplo, se o escudo for desenhado com 4 cm de altura, deverá ter 3,5 cm de largura".

É importante destacar que num brasão a direita (destra) e a esquerda (sinistra) estão ao contrario das do observador, pois se deve entender que o escudo protegia o guerreiro que se colocava por trás, ficando seu corpo identificado com o interior do escudo, e tendo, portanto, a mesma esquerda e direita.

Em sua concepção, um brasão de armas compreende tanto elementos internos como externos. Aqueles são as divisões e repartições, as figuras, as cores e tudo o mais que se encontre no campo do escudo e que dizem respeito ao município. Os elementos externos são os ornamentos que aparecem em volta, por cima, por baixo e aos lados do escudo, e se referem aos atributos do município e da cidade que ele representa. . Assim, um brasão compõe-se do escudo e das figuras nele representadas, bem como aqueles elementos que ficam por cima, aos lados e por baixo. No Brasão de São João da Barra, tais ornamentos compreendem a coroa mural, os suportes e o listel.

O brasão de São João da Barra foi idealizado com uma interpretação iconográfica que recordasse a história da terra e as qualidades de seu povo, como também sintetizasse o simbolismo da magnificência das belas paisagens municipais e de seu litoral privilegiado pela natureza, orlado de belíssimas e aprazíveis praias, e que traduzisse a ordem, a tradição, a nobreza e a valentia que sempre foram características natas do dinâmico povo de São João da Barra.

Desde os primeiros tempos, costumam se apresentar os brasões de armas em cores: seja com o fim artístico decorativo, seja com o objeto de melhor conservar suas peças, e principalmente o escudo de defesa, contra a oxidação e a ação das intempéries. Um escudo é visto com um só campo ou subdividido em campos justapostos que permite a representatividade dos diversos aspectos históricos, geográficos e sócios econômicos representativos do município.

Para que os esmaltes (sejam eles cores ou metais) pudessem ser entendidos devidamente quando esculpidos em pedra ou madeira, ou gravados em metal ou impressos em preto e branco, os antigos heraldistas resolveram o problema de diversas formas. Alguns individuavam as cores correspondentes, reproduzindo a primeira letra da cor correspondente; outros as individualizavam usando as primeiras sete letras do alfabeto; e assim por adiante, para não falar daqueles que recorriam aos nomes dos planetas solares. Para nossa sorte, foi também um estudioso que propôs uma solução muito sensata e fácil de aplicação prática.

Este foi o francês Vulson de la Colombière quem propôs primeiro, por volta de 1600, de individualizar as diversas cores com tracejados especiais. Entretanto a difusão de este sistema aconteceu principalmente graças a obra de um jesuíta italiano, o padre Silvestro di Pietrasanta, quem foi o primeiro que o utilizou na sua obra “Tesserae gentilitiae ex legibus fecialium descriptae”, publicada em Roma em 1637. Segundo esse sistema, universalmente aceito, as cores e metais são representados por meio de traços e pontos, a saber:

· o ouro (jalne) é representando por um pontilhado, e quando não houver a tinta apropriada, usa-se o amarelo;
· a prata, por um campo liso, sem qualquer sinal, e quando não houver a tinta especial, usa-se o branco;
· o azul (blau), por tracejados horizontais;
· o vermelho (goles), por tracejados verticais;
· o verde (sinopla), por tracejados diagonais, da direita para a esquerda (é oportuno dizer aqui que ao olharmos para um brasão, a sua direita e a sua esquerda são aquelas que fazem supor as do cavaleiro que traz o escudo);
· o negro (sable), por tracejados cruzados, com linhas verticais e horizontais, ou simplesmente tingido da cor negra;
· a púrpura, por tracejados diagonais, da esquerda (ou seja da direita de quem olha o escudo) para a direita;
· a carnação, por tracejados cruzados, com linhas diagonais.
· as peças que são representadas ao natural, ou em sua cor, permanecem sem qualquer tracejado, isto é, também com o campo liso, em branco.
Usando a simbologia heráldica dos esmaltes, o Brasão de Armas de São João da Barra, em preto e branco, se vê na seguinte figura: 


INTERPRETAÇÃO E JUSTIFICAÇÃO

A interpretação e a justificação de cada peça e cor incluída nas armas do município se detalham a seguir:

a) O ESCUDO PORTUGUÊS. Dentre as várias formas de escudos heráldicos, foi escolhido o escudo denominado de português para recordar a origem lusitana de nossa terra e os primeiros colonizadores que para vieram para as planícies do município, e quem, no decorrer do ano de 1630, edificaram uma pequena capela tendo como orago a João Batista, primo dileto de Jesus Cristo. Assim fica lembrado também o nascimento de São João da Praia do Paraíba, que foi o segundo núcleo de efetiva colonização portuguesa do norte fluminense. A forma do escudo lembra também as várias etapas da evolução administrativa municipal desde os tempos de colônia, que de freguesia instituída por Alvará de 1644, foi sucessivamente subindo em importância administrativa, sendo alçada à condição de Vila por Ordem de 6 de junho de 1677, e culminando com a Lei Provincial No. 534, de 17 de junho de 1850, que concedeu à Vila os foros de Cidade.

b) A PARTIÇÃO DO ESCUDO. Um escudo raramente é visto com um só campo, e quase sempre encontramo-lo subdividido em diversos campos justapostos. Esse fato nos enseja a oportunidade de fazermos um estudo especial sobre suas partições, cujas razões são diversas, e a principal é o entrelaçamento dos elementos representativos da geopolítica, da história e da economia municipal. Partido é o escudo dividido, por um “golpe de espada” representado por uma linha vertical, em duas partes iguais, a que chamamos de quartéis. Cortado, como ocorre com o segundo quartel, é o dividido em duas partes iguais, por uma linha horizontal, formando a sua vez dois quartéis, sendo que o segundo também é cortado. Partido e cortado vêm simbolizar a união indestrutível dos vários elementos do escudo.

c) AS ESTRELAS. Cada estrela representa um dos distritos do município, e na atualidade são seis, entretanto seu número pode variar conforme seja o número de distritos existentes no município. Na heráldica, normalmente, a estrela tem cinco pontas, como é o caso das representadas no brasão de armas de São João da Barra, e por tanto não necessita que se indique o numero de suas pontas. A escolha de estrelas para representarem os distritos foi para recordar a existência de uma guia segura com que as autoridades municipais conduzem o Município em direção a portos de desenvolvimento espirituais e materiais. As estrelas que brilham no céu da noite são milhares e por séculos serviam de guia para os navegantes e descobridores de nossa terra e vem também a simbolizar que os são joanenses aspiram a coisas superiores e a ações sublimes.

d) A COR AZUL (blau) do campo do primeiro quartel, sendo a cor do céu, vem simbolizar todas as idéias que vem do alto que inspiram o desenvolvimento municipal, e representa a firmeza incorruptível da cidadania são joanense, realçando a Glória que é um fato que se realça sobre as coisas terrenas da Virtude que é um dom celestial. Também o azul é a cor do mar e vem lembrar que São João da Barra conta com diversas apraziveis praias turísticas, como Grussai, Chapéu do Sol, Açu e as do distrito de Atafona. O Azul sintetiza a justiça, a lealdade e a temperança e esta relacionada com a pedra preciosa “safira”.

e) A COR VERMELHA (goles) lembra a história das lutas pela colonização da terra e pela autonomia do município, e a coragem e o amor que os são joanenses têm por sua terra, indicando também o sangue derramado pela pátria, a audácia, o valor, a galhardia, e a nobreza conspícua e domínio sempre demonstrado pelos habitantes do município. Por outro lado, o vermelho esta também para lembrar a caridade, generosidade e honra, do cidadão de São João da Barra, e para traduzir o sangue derramado por Cristo na sua cruz, e o de São João, orago da cidade, que foi martirizado e teve sua cabeça cortada, com o que consolida o simbolismo do amor fraternal existente. Esta cor esta relacionada com o rubi.

f) A COROA DE PENAS, com cinco penas visíveis (cocar indígena), SOBRE DUAS FLECHAS cruzadas em aspa, que universalmente são peças reconhecidas como representativas dos ameríndios, vêm assinalar a presença no território do município, dos bravos e valentes indígenas do grupo goitacá e de hordas nômades dos aguerridos e temíveis purís, como também dos guarús. Assim, através dessas peças, o brasão do município recorda os primitivos donos da terra. A posição das flechas em “aspa” indica uma colocação correspondente a de uma cruz em forma de “X”.

g) O METAL OURO (jalne), que é o mais precioso e nobre dos metais heráldicos, simboliza a força, a fé, a riqueza e o comando, que sempre estiveram presentes nas mentes e nos corações dos habitantes de São João da Barra, em todas as etapas do desenvolvimento do Município.

h) O METAL PRATA, como campo de um dos quartéis, é um dos metais mais usados na heráldica. De tudo que já se escreveu sobre a prata em heráldica, no brasão de São João da Barra ela vem simbolizar a Amizade existente entre os cidadãos, a Equidade ou a disposição de reconhecer o direito de cada um, a Justiça que é o fundamento da cidadania, e a Inocência e a Pureza que transpira dentro das fronteiras do município e que foram impulsoras da grandeza municipal.

i) O ENCONTRO DE BOI (cabeça de boi). Encontro é a palavra heráldica usada para designar a cabeça de certos animais, excepcionalmente vista de frente, e no brasão de São João da Barra, temos um encontro de boi que vem representar a pecuária que, com a agricultura, se desenvolve como importante atividade econômica do município.

j) A COR VERDE (sinopla) está relacionada com a esmeralda, e alem de simbolizar a Vitória, a Civilidade, a Abundancia, a Honra, a Amizade, o Serviço e o Respeito, atributos inegáveis da população do município, vem representar a Esperança e o Desejo de desenvolvimento de seus habitantes e traduz a cor verdejante dos campos que cobrem o município e que fazem sempre esperar copiosas colheitas.

k) A BARRA ONDADA E AGUADA. A barra é uma peça heráldica de primeira grandeza, e é normalmente igual, na sua largura, à terça parte do escudo ou do quartel, e vem disposta em diagonal, firmando-se no ângulo superior esquerdo do chefe e no ângulo inferior direito da ponta. A barra ondada e aguada de azul, que atravessa o campo de verde, vêm simbolizar o majestoso Rio Paraíba do Sul que atravessa o território do município, onde se encontra sua foz. O Rio Paraíba do Sul foi destacado no Brasão de São João da Barra, pois desempenhou um papel importante para o desenvolvimento econômico do município, pois foi a via de comunicação que permitiu o intercambio comercial que a Velha Província fazia com o resto do país. O rio, ao estar colocado na posição heráldica “em barra” (que é a peça de heráldica de primeira ordem, movente do ângulo sinistro do chefe ao ângulo destro da ponta), vem recordar a toponímia municipal, que é São João da Barra.

l) A PROA DA QUILHA DE BARCO, que está representada na sua cor natural, destaca a importância que um porto representa para o desenvolvimento local e recorda que com a navegação fluvial a cidade se fez próspera, beneficiada pelas riquezas que circulavam pelo porto, no Cais do Imperador. Pelo porto de São João da Barra entravam e escoavam as mercadorias produzidas na região e importadas de outras terras. Assim o porto de São João da Barra teve uma importância histórica para o desenvolvimento das áreas cortadas pelo rio Paraíba do Sul. A proa do barco simboliza também o espírito dinâmico dos habitantes do município e sua tenacidade de sempre seguirem para frente, sem temor de vencer obstáculos para lograr o progresso e o bem estar geral.

m) AS TORRES DE ENGENHO OU DE USINAS, também na sua cor, vêm lembrar o continuo e pujante desenvolvimento industrial local que teve suas origens, desde épocas remotas, nos vários engenhos e usinas de açúcar, e também nas outras atividades industriais, como a inovadora e dinâmica fábrica de bebidas que com seu continuo modernizar, projeta o nome do município de São João da Barra através de todo o país e mesmo além das próprias fronteiras nacionais.

n) OS PEIXES de prata, que além de patentear a riqueza piscícola do município, tanto a fluvial como a marítima, que é amplamente conhecida pela excelente qualidade de seu pescado, vem também ressaltar a existência de lindas praias em toda a sua orla marítima, o que consolidou uma progressista atividade turística e que foi um dos elementos que viabilizaram a colonização da região. Além disso, os peixes ressaltam a preocupação do município pela ecologia e pela adequada preservação do meio-ambiente.

o) A COROA MURAL. A coroa mural de cinco torres de prata que e encima o escudo como peça de maior destaque é a peça consagrada pela heráldica de domínio como representativa de cidade. Na realidade a coroa mural de cidade possui 8 (oito) torres, das quais apenas 5 (cinco) são visíveis (sendo as três centrais visíveis inteiras e as duas das extremidades, visíveis pela metade, e as demais três não aparecendo por estarem na volta de trás). Cada torre tem sua porta aberta para indicar que o município de São João da Barra está sempre de portas e braços apertos para receber tanto aos turistas visitantes como àqueles que o escolheram o município como lugar para sua residência permanente.

p) A COR PRETO (sable) das portas das torres da coroa mural serve para indicar que as portas da cidade estão abertas. Ela está relacionada com a mais preciosa das pedras preciosas, o diamante. Na heráldica, a cor negro simboliza a prudência, a abnegação, a humildade e a modéstia, que são qualidade que sempre caracterizaram o povo de São João da Barra. Ela também denota a simplicidade e a espiritualidade e ressalta a harmonia existente entre todas as raças que foram as forjadoras da identidade do município. A cor preto vem hoje também representar a riqueza do petróleo existente na bacia marítima do município.

q) O LISTEL DE PRATA COM A INSCRIÇÃO DE NEGRO, indicativa de SÃO JOÃO DA BARRA, ao igual que na coroa mural, demonstra a perfeita combinação da prata (que também é representada pela cor branca) com a cor negro, com as quais se procurou simbolizar a harmonia existente entre todo o povo do município onde, com uma grande variedade e misturas de raças e religiões, sempre foi e é um lugar onde não existe preconceito de qualquer natureza e onde a liberdade é igual para todos.

sábado, 29 de agosto de 2009


     Um dos maiores historiadores do mundo

   
       Fonte da imagem: word.world-citizenship.org


"É vital o historiador lutar contra a mentira. O historiador não pode inventar nada, e sim revelar o passado que controla o presente às ocultas".

Eric Hobsbawm  nasceu em Alexandria, Egito, em 9 de junho de 1917. Começou dando aula em Cambridge, em 1949. Leciona economia na Universidade de Londres desde 1982. Escreveu diversos livros, entre eles, Indústria e Império(1968), A Era do Capital (1975) e A Era dos Extremos (1994).
         

        
                              O ARTESANATO LOCAL

                   



O Artesanato de São João da Barra tem a consciência ecológica. São peças feitas com escamas e recicláveis. As atividades vêm sendo incentivadas com a criação de cooperativas. 
Um dos mais recentes espaços culturais de São João da Barra é a Estação das Artes Derly Machado, que resgata parte da História da estrada de ferro. Inaugurada em julho de 2008, tornou-se referência para exposição e venda de produtos confeccionados por artesãos do município. Antes da reforma, a antiga estação ferroviária, construída pela Companhia Leopoldina Railway, no início do século passado, abrigava a delegacia local. 

A CULINÁRIA SANJOANENSE


Fonte: overmundo.com.br



São várias frutas nativas, castanhas de caju e produtos da região: doces, farinha de mesa, ovos de galinha caipira e queijos.
São João da Barra tem uma forte tradição na fabricação de doces deliciosos como  banacaxi, goiabada, abóbora com coco, puxa-puxa e carapito.


      
        
    ORGULHO DE SÃO JOÃO DA BARRA



Fonte da imagem:  http://www.cmcuo.com.br/

                  A História da  Banda Musical União dos Operários

A Banda Musical União dos Operários fundada em 09 de outubro de 1892, em São João da Barra, RJ, em decorrência da dissidência ocorrida no seio da antiga e hoje inexistente Lira de Ferro, criada em julho de 1875 por ocasião da segunda visita de Dom Pedro II ao norte fluminense, a Banda Musical União dos Operários contou, desde o início, com seus principais organizadores, com parcelas do operariado local, egressos dos estaleiros de construção naval sediados no município e da atividade pesqueira.
É talvez, fato único no histórico das bandas de música do país: A banda Musical União dos Operários, com atividades ininterruptas até os dias de hoje, mais de um século de atividades, nasceu do sadio idealismo de simples operários, sem qualquer outra conotação a não ser o amor à arte musical.
A Banda conta hoje com um quadro de 48 músicos executantes com idade média de 16 anos, de ambos os sexos, os quais são todos, após um estágio realizado na própria banda, considerados sócios “prestantes” do Centro Musical e Cultural União dos Operários. A Banda mantém também uma escola de musica denominada “OFICINA DE MÚSICA PROFESSORA LETÍCIA COSTA” que congrega em seus assentamentos aproximadamente 80 (oitenta) alunos, em sua maioria de classe baixa de nossa cidade e até de municípios vizinhos, como São Francisco do Itabapoana e Campos dos Goytacazes, isto porque esta escola é hoje uma das poucas escolas de música que leciona gratuitamente. Esta escola tem o orgulho de já ter formado, além de todo o quadro de músicos da Banda, oito músicos profissionais que servem atualmente nas fileiras da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, nas qualificações de soldados,  Sargentos e sub-tenente músico.
A banda, através do Centro Musical e Cultural União dos Operários, além dos serviços musicais e de instrução, ainda mantém um serviço na área de filantropia e na área social como, por exemplo: Assistência de farmácia para seus componentes e familiares, ajuda para despesas com funerais do seu quadro social, distribuição de brinquedos para as crianças no natal, distribuição de rosas no dia das mães e participações em campanhas de combate à fome, entre outras.
A banda mantém também um projeto inédito em bandas de música: É o financiamento de instrumentos para os músicos que desejarem possuir o seu instrumento próprio, o que veio a facilitar aos músicos na aquisição de instrumentos de melhor qualidade com condições possíveis. Centro Musical e Cultural União dos Operários fez parte também, na condição de membro conselheiro, do conselho municipal de promoção dos direitos da criança e do adolescente e do conselho municipal de cultura, um reconhecimento ao trabalho realizado com menores de nossa comunidade.
Recentemente a Banda Musical União dos Operários recebeu do Governo do Estado do Rio de Janeiro o título de “PATRIMÔNIO CULTURAL FLUMINENSE”. Foi também a Banda agraciada no ano de 2010 com o “Projeto Resgate da Mamória Musical de São João da Barra” do Ponto de Cultura do governo do estado, onde durante um período de três anos este projeto irá resgatar um antigo repertório de composições de músicos Sanjoanenses.
O Centro tem como presidente atual o Sr. Márcio Ribeiro Rangel, e sua diretoria é composta exclusivamente por músicos. A Banda tem como Regente o Sr. Joel de Sá Rosa, na função a 18 (dezoito) anos.
O Centro Musical e Cultural União dos Operários funciona na Av. Joaquim Thomaz de Aquino Filho, 170 Centro e sua sede esta aberta de segunda a sexta-feira no horário de 09:hh H às 21:00 H e aos sábados de 09:00 às 12:00 H e os ensaios da Banda ocorrem regularmente aos sábados às 19:00 H e os ensaios do Coral Experimental União dos Operários às segundas-feiras também às 19:00 H.
Para manter esse trabalho, a banda mantém em seu fundo de caixa uma quantia reservada para esses fins, e sobrevive graças a doações de simpatizantes, ao aluguel de seu salão e dependências e convênios com a Prefeitura Municipal de São João da Barra, o que através do amor a música e a causa social e com certo malabarismo consegue conduzir.



O PARADOXO DE NOSSO TEMPO
Historiador Jacques Legoff
                                   
"O paradoxo de nosso tempo na história é que temos edifícios mais altos, mas pavios mais curtos; auto-estradas mais largas, mas pontos de vista mais estreitos; gastamos mais, mas temos menos; nós compramos mais, mas desfrutamos menos.
Temos casas maiores e famílias menores;mais medicina, mas menos saúde. Temos
maiores rendimentos, mas menor padrão moral.
Bebemos demais, fumamos demais, gastamos de forma irresponsável, rimos de
menos, dirigimos rápido demais, nos irritamos muito facilmente, ficamos
acordados até tarde, acordamos cansados demais, raramente paramos para ler
um livro, ficamos tempo demais diante da TV e raramente pensamos...
Multiplicamos nossas posses, mas reduzimos nossos valores. Falamos demais,
amamos raramente e odiamos com muita frequência. Aprendemos como ganhar a vida, mas não vivemos essa vida.
Adicionamos anos à extensão de nossas vidas, mas não vida á extensão de nossos anos. Já fomos à Lua e dela voltamos, mas temos dificuldade em atravessar a rua e nos encontrarmos com nosso novo vizinho.
Conquistamos o espaço exterior, mas não nosso espaço interior. Fizemos
coisas maiores, mas não coisas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma.
Estes são tempos de refeições rápidas e digestão lenta; de homens altos e
caráter baixo; lucros expressivos, mas relacionamentos rasos. Estes são
tempos em que se almeja paz mundial, mas perdura a guerra no lares; temos
mais lazer, mas menos diversão; maior variedade de tipos de comida, mas
menos nutrição.
São dias de duas fontes de renda, mas de mais divórcios; de residências mais
belas, mas lares quebrados.
São dias de viagens rápidas, fraldas descartáveis, moralidade também
descartável, ficadas de uma só noite, corpos acima do peso, e pílulas que
fazem de tudo: alegrar, aquietar, matar.
É um tempo em que há muito na vitrine e nada no estoque; um tempo em que a
tecnologia pode levar-lhe estas palavras e você pode escolher entre fazer
alguma diferença, ou simplesmente apertar a tecla Del." 


 

O HISTORIADOR JACQUES LE GOFF


   

Publicado por Jorge Carvalho do Nascimento em 23 novembro 2009 às 13:11 em Biografia, Trajetórias e Prosopografia

O historiador francês Jacques Le Goff nasceu em Toulon, no dia primeiro de janeiro de 1924. Especialista em Idade Média, realizou importantes estudos a respeito da Antropologia histórica do Ocidente medieval. Ligado ao movimento da Escola dos Anales, sucedeu Fernand Braudel no comando da École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris e cedeu seu lugar a François Furet em 1967. Le Goff renovou a pesquisa histórica sobre mentalidade e Antropologia da Idade Média, principalmente nos anos 80 do século XX, quando trabalhou em uma biografia da São Luís publicada em 1996. Dentre outros trabalhos, Le Goff é autor dos livros Mercadores e Banqueiros na Idade Média, O Nascimento do Purgatório, O Imaginário Medieval, História e Memória, História Religiosa da França (em parceria com René Remond), O Homem Medieval, A Europa Contada aos Jovens, Por Amor das Cidades, A Bolsa e a Vida, Dicionário Temático da Idade Média (em parceria com Jean-Claude Schmitt), O Deus da Idade Média, O Maravilhoso e o Quotidiano no Ocidente Medieval e São Francisco de Assis.
Para Le Goff, a História não é uma ciência como as outras. Palavra de etmologia grega, Historie significa inicialmente procurar, mas também testemunha, aquele que vê, aquele que sabe. Já Historein, grego antigo, tem o sentido de procurar saber, investigação, procura. Nas línguas românicas, História ganhou inicialmente o sentido utilizado por Heródoto: “procura das ações realizadas pelos homens”. Foi com este sentido que se empreendeu o esforço para constituí-la em ciência. Mas, representou também o objeto da procura, aquilo que os homens realizaram. De outra forma, significou ainda narração verdadeira ou falsa. Historicidade, portanto, é um conceito desligado das suas origens históricas, situado no primeiro plano da renovação epistemológica da segunda metade do século XX, que permitiu refutar no plano teórico a noção de sociedade sem história, refutada pelo estudo empirico das sociedades analisadas pela Etnologia e inseriu a própria História numa perspectiva histórica.
Le Goff entendeu que o discurso filosófico desdobrou a História em dois modelos de inteligibilidade. O modelo événementiel correspondendo a História dos acontecimentos e o modelo estrutural remetendo à História das grandes estruturas políticas e econômicas, o que levou ao desaparecimento da historicidade. A Historicidade, portanto, permitiu a inclusão no campo da ciência histórica de novos objetos e excluiu a idealização da História.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

A CULTURA CHINESA



Introdução

Com um território de grande extensão, um passado historicamente rico e uma população de 1,3 bilhões de habitantes, a China possui uma importante diversidade cultural. Por ser um país que apresenta um grande crescimento da economia, na atualidade, a China atrai olhares de pessoas do mundo todo, que buscam informações sobre seus aspectos culturais. Na atualidade, este país mescla a cultura tradicional com a modernidade.

Escrita e idiomas

A escrita chinesa é baseada em ideogramas (desenhos), sendo que eles representam idéias, objetos, sentimentos, etc. O mandarim é o dialeto mais falado na China, porém, existem outros como, por exemplo, wu, cantonês, dialetos min, jin, xiang, kejia, gan, entre outros.

Religião

Na China existe uma grande diversidade religiosa. As principais religiões são: Confucionismo e Taoísmo (consideradas também como filosofias de vida), Budismo, Islamismo e Cristianismo.

Culinária

Os chineses utilizam muitos ingredientes, molhos (shoyu é o mais conhecido) e temperos em sua culinária. Arroz, peixe, carnes vermelhas, broto de bambú e legumes são utilizados em diversos pratos. Uma espécie de biscoito, fino e crocante, o rolinho primavera, é um dos alimentos chineses mais conhecidos no Ocidente. Um alimento consumido na China, e considerado exótico no Ocidente, é a carne de cachorro. Outros alimentos consumidos pelos chineses, e não muito comuns no ocidente, são: carne de cobra, escorpião, besouros e cavalo-marinho.

Arte

A arte chinesa é marcada bela beleza dos vasos em cerâmica pintados, artesanalmente, com motivos culturais da China. A arte em seda também é outro aspecto importante. Os pintores chineses destacam, em suas telas, as belezas naturais da China (paisagens, animais) e aspectos mitológicos.

Música
A música chinesa é tocada com a utilização de vários instrumentos, sendo que os mais importantes são: flauta, instrumentos de corda, gongos, tímpanos e pratos.

Invenções
Os chineses contribuíram muito para o desenvolvimento do conhecimento no mundo todo. As principais invenções chinesas são: papel, pólvora, leme de navegação, estribo, bússola, etc.

VALORIZANDO A CULTURA LOCAL
São João da Barra

Sistema Estadual de Museus visita São João da Barra- A cultura de São João da Barra vem sendo resgatada na gestão da prefeita Carla Machado. Prédios históricos recuperados, incentivo ao artesanato, aos grupos culturais e qualificação no setor. Para ampliar estas ações, os diversos setores da cultura municipal estiveram reunidos com as representantes do Sistema Estadual de Museus, nesta quarta-feira (05), no Palácio Cultural Carlos Martins, realizando posteriormente um passeio turístico pelo município.
Luciene Figueiredo dos Santos, assessora chefe do Sistema Estadual de Museus, e Ana Cristina Ferreira do Vale, gerente do órgão, ficaram encantadas com a riqueza cultural de São João da Barra e pretendem fortalecer o elo com o Estado para fins de inserção de projetos de fomento à cultura. “É um privilégio está com uma equipe deste nível e comprometida inteiramente com projetos culturais. Como esta estirpe nunca vi.”, referindo-se aos representantes do Cine Teatro São João, Centro Cultural Narciza Amália, Palácio Cultural Carlos Martins, Estação das Artes Derly Machado, guia de turismo, agremiações carnavalescas, que estavam presentes na reunião.

As representantes do órgão estadual enfatizaram que o momento é muito bom para cultura e enumerou alguns projetos que podem se tornar realidade a partir de parceria com o governo do estado, tais como: “gestão de documentação de acervo, curso de restauração de documentos antigos, curso de conservação e preservação de documentos, elaboração de projetos via lei Rouanet (federal) e lei de ICMS (estadual), entre outros.



 2011- ANO DA CULTURA AFRO-DESCENDENTE

É TAMBÉM A NOSSA CULTURA!!!!!


A ONU – Organização das Nações Unidas, instituiu o ano de 2011, como o Ano Internacional dos AfroDescendentes. A Diáspora africana em muito contribuiu para o desenvolvimento de inúmeras nações. Mas o seu legado foi sempre a miséria, pobreza, discriminação e racismo.
No Brasil, país que recebeu o maior número de escravos no mundo, isto, “graças” aos portugueses, a contribuição do negro foi ainda maior: Na cultura, no esporte, e em especial na culinária. A sua participação deixou um riquíssimo legado para o país. As negrinhas nas cozinhas das casas-grande, deram um toque sutil e primoroso no cardápio sem “graça” dos  portugueses.
Desde 1535, ano em que chegaram os primeiros negros no Brasil, até o final do século XIX, o desenvolvimento do Brasil passou única e exclusivamente pela mão de obra escrava. Mas, a corte portuguesa preocupada em embranquecer o país, tratou de oferecer aos brancos pobres da Europa, terras e outros benefícios. Surgiu então, uma pergunta que não quer calar: Por que os portugueses não fizeram a mesma coisa com os negros que trabalharam mais de três séculos por aqui?
Há quem diga, que eles esqueceram de indenizá-los. Mas por outro lado, um povaréu diz que foi simplesmente pura maldade, discriminação e racismo. E dá exemplos: transportaram em tumbeiros, torturaram, açoitaram nos troncos, colocaram nas senzalas, esquartejaram e estupraram. Finalmente, a Lei Áurea foi elaborada pelo gabinete conservador de João Alfredo e sancionada pela Princesa Isabel, em 13 de maio de 1888, na ausência do Imperador Dom Pedro II, determinava a abolição da escravidão no Brasil, atingindo imediatamente cerca de 700 000 negros escravizados.
Os afro-brasileiros libertos foram jogados na mais terrível miséria. O Brasil imperial e, logo a seguir, o jovem Brasil republicano, negou-lhes a posse de qualquer pedaço de terra para viver ou cultivar e o acesso a escolas, assistência social e hospitais; deixou-lhes apenas discriminação e repressão. Grande parte dos libertos, depois de perambular por estradas e terrenos baldios, dirigiu-se a grandes cidades – Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo – , onde se ergueram os chamados bairros africanos, origem das favelas modernas. A senzala trocada pelos casebres. Apesar da impossibilidade de plantar, acharam ali um meio social menos hostil, mesmo que ainda miserável.
 As favelas as quais, estamos chamando de Novos Quilombos Urbanos, estão aproveitando este ano para produzir um documento que será enviado para a ONU, primeiro para agradecer pela Instituição do ano Internacional dos afro-descendentes, depois para informar que as favelas do Brasil, concentram o maior número de negros deste país. Neste documento pediremos a ONU, que acione o Tribunal Internacional para que este julgue e condene todos aqueles que promoveram e ainda insistem em continuar a promover a escravidão no país, visto que se trata de crime contra a humanidade e este não prescreve. Portanto, as legítimas lideranças, aquelas que conseguiram não ser cooptadas pelos oportunistas de plantão, estão se reunindo na FAFERJ – Federação das Favelas do Estado do Rio de Janeiro, junto com o MPF – Movimento Popular de Favelas e a ANF – Agência de Notícia das Favelas, para cobrar inclusão social plena e anunciar que um novo Palmares está sendo formado. Axé!

Rumba Gabriel
Secretário Administrativo da ANF  e Fundador e coordenador do Movimento Popular de favelas – MPF
Período de Transição Histórica
São João da Barra

Audiência Pública para apresentação do Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, do Processo E-07/501.041/2010, com relação ao requerimento de Licença Prévia da empresa TERNIUM BRASIL S/A para implantação de Usina Siderúrgica para fabricação de pallets, placas de aço e produtos siderúrgicos, localizada na Rodovia SB-26, s/n, Pipeiras, 5° Distrito do Município de São João da Barra.  Em São João da Barra:  Audiência esta a se realizar no dia 07/06/2011, às 19:00 horas, no Centro.
24/05/2011 | Porto do Açu - São João da Barra - RJ |


Sobre a Ternium Brasil

A Ternium Brasil, braço siderúrgico do grupo ítalo-argentino Techint na América Latina, avançou no projeto para instalar uma usina de placas de aço na retroárea industrial do superporto do Açu, em São João da Barra. A empresa já entregou ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea), o Estudo de Impacto Ambiental referente ao requerimento de Licença Prévia.

A siderúrgica da Techint será construída no modelo de usina integrada, com coqueria, sinterização de minério, dois altos-fornos e aciaria. Está desenhada, numa primeira etapa, com capacidade de fazer 2,6 milhões de toneladas de placas de aço por ano. Poderá atingir 5 milhões de toneladas numa fase posterior. O projeto de engenharia está pronto e se as medidas necessárias ao andamento da obra forem implementadas até junho de 2011, a empresa, segundo fontes envolvidas nas negociações, acredita que terá condições de alcançar 5 milhões de toneladas em três anos.

Por luiz, em 22-11-2010 - 15h10 - Folha da Manhã