sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Dia da Consciência Negra

Esta data foi estabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. Foi escolhida a data de 20 de novembro, pois foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.


História do Dia Nacional da Consciência Negra

dia da consciência negra
Zumbi dos Palmares: um herói brasileiro


A homenagem a Zumbi foi mais do que justa, pois este personagem histórico representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também um forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade do seu povo.

Importância da Data

A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país. É um dia que devemos comemorar nas escolas, nos espaços culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira. 
A abolição da escravatura, de forma oficial, só veio em 1888. Porém, os negros sempre resistiram e lutaram contra a opressão e as injustiças advindas da escravidão. 
Vale dizer também que sempre ocorreu uma valorização dos personagens históricos de cor branca. Como se a história do Brasil tivesse sido construída somente pelos europeus e seus descendentes. Imperadores, navegadores, bandeirantes, líderes militares entre outros foram sempre considerados hérois nacionais. Agora temos a valorização de um líder negro em nossa história e, esperamos, que em breve outros personagens históricos de origem africana sejam valorizados por nosso povo e por nossa história. Passos importantes estão sendo tomados neste sentido, pois nas escolas brasileiras já é obrigatória a inclusão de disciplinas e conteúdos que visam estudar a história da África e a cultura afro-brasileira.

Fonte: Sua Pesquisa.com

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Proclamação da República no Brasil


A Proclamação da República (15/11/1889)



Introdução 

No final da década de 1880, a monarquia brasileira estava numa situação de crise, pois representava uma forma de governo que não correspondia mais às mudanças sociais em processo. Fazia-se necessário a implantação de uma nova forma de governo, que fosse capaz de fazer o país progredir e avançar nas questões políticas, econômicas e sociais.

Crise da Monarquia 

A crise do sistema monárquico brasileiro pode ser explicada através de algumas questões:
- Interferência de D.Pedro II nos assuntos religiosos, provocando um descontentamento na Igreja Católica;
- Críticas feitas por integrantes do Exército Brasileiro, que não aprovavam a corrupção existente na corte. Além disso, os militares estavam descontentes com a proibição, imposta pela Monarquia, pela qual os oficiais do Exército não podiam se manifestar na imprensa sem uma prévia autorização do Ministro da Guerra;
- A classe média (funcionário públicos, profissionais liberais, jornalistas, estudantes, artistas, comerciantes) estava crescendo nos grandes centros urbanos e desejava mais liberdade e maior participação nos assuntos políticos do país. Identificada com os ideais republicanos, esta classe social passou a apoiar o fim do império;
- Falta de apoio dos proprietários rurais, principalmente dos cafeicultores do Oeste Paulista, que desejavam obter maior poder político, já que tinham grande poder econômico;
Diante das pressões citadas, da falta de apoio popular e das constantes críticas que partiam de vários setores sociais, o imperador e seu governo, encontravam-se enfraquecidos e frágeis. Doente, D.Pedro II estava cada vez mais afastado das decisões políticas do país. Enquanto isso, o movimento republicano ganhava força no Brasil.

A Proclamação da República 

No dia 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca, com o apoio dos republicanos, demitiu o Conselho de Ministros e seu presidente. Na noite deste mesmo dia, o marechal assinou o manifesto proclamando a República no Brasil e instalando um governo provisório.
Após 67 anos, a monarquia chegava ao fim. No dia 18 de novembro, D.Pedro II e a família imperial partiam rumo à Europa. Tinha início a República Brasileira com o Marechal Deodoro da Fonseca assumindo provisoriamente o posto de presidente do Brasil. A partir de então, o pais seria governado por um presidente escolhido pelo povo através das eleições. Foi um grande avanço rumo a consolidação da democracia no Brasil.

Fonte: Sua Pesquisa.com

terça-feira, 1 de novembro de 2011


5 de novembro é o
 Dia Nacional da Cultura Brasileira

“É pela cultura que o nosso país se revela como uma sociedade original,
 plural. (…) Não há desenvolvimento pleno sem desenvolvimento cultural.”







CULTURA E DIVERSIDADE

   O Brasil é um país cuja principal marca cultural é a mistura. Desde o começo de sua história, o país foi marcado pela presença de diferentes povos e culturas, fazendo com que sua formação tivesse grande diversidade e mistura. Aqui viviam povos indígenas, em tribos, com uma cultura guerreira, muito ligada à natureza; em 1500 chegaram os colonizadores portugueses, que trouxeram para cá a cultura européia, com uma forte influência moura. O uso do negro africano como escravo na colônia, trouxe ainda novas crenças, falas e costumes, que as poucos foram se misturando e integrando a cultura local.
   Posteriormente, com o fim da escravidão, diversos outros povos ainda vieram para o país, como italianos, japoneses e alemães, cada um acrescentando ao Brasil um novo detalhe cultural.
Com toda essa miscigenação de povos e culturas, não é de se estranhar que o Brasil tenha na sua língua, costumes, religiões e manifestações culturais traços únicos, que podem se assemelhar a outras culturas do mundo , mas que sempre tem seus detalhes particulares.
A Língua
  Apesar de aqui se falar o Português, Brasil e Portugal possuem algumas diferenças entre suas línguas. O português brasileiro traz a essência de Portugal, mas incorporou termos da fala das tribos indígenas e dos povos africanos.
   No início do período colonial, o número de índios era muito maior que o de portugueses, por isso, a língua Tupinamba, indígena, era a mais usada e dela derivou a língua geral, que era aqui usado até o início do século XVII. Quando os portugueses começaram efetivamente a ocupar o território brasileiro, o português passou a ser língua mais usada, mas já incorporando algumas palavras indígenas. Com o início do tráfico negreiro, detalhes das línguas africanas começaram a se misturar ao português.
  Hoje em dia, o português brasileiro é muito diferente do de Portugal e possui diversas alterações regionais, como o caipira (das regiões interioranas), o carioca (do Rio de Janeiro), o mineiro (de Minas Gerais), o gaúcho (do Rio Grande do Sul) e outros.
   Entre as palavras herdadas do tupi, destacam-se os nomes de pessoas, como Araci, Iara, nome de estados e formações naturais, como Ceará e Ipanaema, algumas doenças como catapora, e substantivos ligados à natureza, como mandioca e urupema.
Religião
   O Brasil é marcado por uma grande diversidade de religiões, assim como pela liberdade de escolha e pela tolerância. A maior parte da população, 60%, é católica, uma das maiores heranças de Portugal. Mas muitas outras religiões se manifestam por aqui. Mais recentemente, começou a se manifestar no país o espiritismo, e hoje o Brasil concentra o maior número de espíritas do Mundo. O protestantismo também possui muito espaço aqui, sendo a segunda religião em adeptos; caracteriza-se pela livre interpretação da bíblia e pela grande variedade de denominações e grupos.
  Também estão muito presentes as religiões afro-brasileiras, formadas por religiões trazidas da África pelos escravos e também pelo sincretismo de religiões. O candomblé é um exemplo, com cultos, cantos e danças sobreviventes da África Ocidental. Há também a Unbanda, um misto de candomblé, com catolicismo e espiritismo.
  Existem ainda manifestações de muitas outras religiões, vindas dos mais diversos lugares do mundo, como o islamismo, o judaísmo, o neopaganismo ou o mormonismo.
Arte
  Durante os primeiros séculos de colônia, a arte no Brasil estava intimamente ligada à portuguesa, com os movimentos artísticos europeus, como o renascimento, maneirismo, barroco, rococó e neoclassicismo.
  Mas mesmo neste período uns toques típicos da cultura que aqui se formavam já se manifestavam, um exemplo são as esculturas de Aleijadinho nas igrejas de Minas Gerais ou os anjos negros nas pinturas de Manuel da Costa Ataíde.
  No início do século XIX, as artes começam a ser ensinadas academicamente, e cada vez mais características nacionais, e nacionalistas, foram incorporadas, tendo como principal manifestação o romantismo, que exaltava as terras e o povo brasileiro.
  Até o século XX, as artes brasileiras acompanharam as correntes européias, colocando um pouco do Brasil nelas, passando assim pelo realismo, naturalismo, simbolismo e parnasianismo, e criando grandes nomes na literatura, na pintura, na música, na escultura.
  No século XX a arte no país renovou-se completamente, com o movimento Modernista, que quis criar uma arte genuinamente brasileira, buscando sua fonte na cultura popular. Esse movimento foi marcado pela Semana de Arte Moderna de 1922, quando seus principais trabalhos foram exibidos. Os artistas desta fase, como Villa Lobos, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Di Cavalcante, são ainda grandes nomes da cultura brasileira.



  É claro que não se pode esquecer-se da cultura popular do país e de toda a arte que produz, seja na literatura, com histórias e contos folclóricos de origem indígenas; seja nas artes plásticas, com trabalhos em cerâmica; ou seja na música e na dança, onde deixa seus principais traços, criando ritmos e festivais únicos, como a bossa nova, o samba e o carnaval.

Fonte: www.fea.usp.br




Espaço da Ciência em Atafona






















segunda-feira, 3 de outubro de 2011

15 de outubro é o dia do Professor!!!



"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina"






Como surgiu o  Dia do Professor no Brasil?

No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Tereza D’Ávila), D. Pedro I baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A idéia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida.
Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado ao Professor.
Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”. O longo período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano.
O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. Com os professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a idéia estava lançada, para depois crescer e implantar-se por todo o Brasil.
A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias". Fonte: http://www.portaldafamilia.org/datas/professor/diaprof.shtml.




Relembre a voz da categoria!!!






sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Novo Projeto em SJB "Coreto Musical"
reúne o melhor da bossa nova, samba de raíz e das serestas





A melodia de Lene Moraes é a atração na abertura do projeto Coreto Musical neste final de semana, na praça de São João Batista, no centro de São João da Barra, no próximo domingo, dia dois, às 20h. Lene interpretará suas canções através do projeto Vinícius Ipanema de Moraes e contará, ainda, com a participação de dançarinos de salão. O evento é uma realização da prefeitura através da secretaria de Turismo, Esporte e Lazer.
A cantora, que em sua carreira interpreta canções de sambistas como Almir Santana, Salvador Fernandes, Paulinho Rezende e Zé Kéti, apresenta nesse espetáculo a bossa de Vinicius de Moraes, talento que levou a arte brasileira pelo mundo deixando de maneira significativa a sua marca na memória e na história cultural do país.
De acordo com o secretário de Turismo, Alexandre Rosa, o Coreto Musical faz parte de mais um projeto da prefeitura e que promete reunir o melhor da bossa nova, samba de raíz e das serestas. – O Coreto Musical é um projeto novo em nosso município e tenho certeza que os nossos sanjoanenses e os turistas que diariamente estão nos visitando vão curtir uma boa música e um local aconchegante para toda a família – disse o secretário.
Alexandre ressaltou, ainda, que para melhor acomodação do público, a praça São João Batista conta agora com uma iluminação mais ampla. – Tivemos o apoio da secretaria de Obras para que a nossa praça principal fique ainda mais acessível ao público – ressaltou.


quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Hoje é o Dia Mundial do coração!!!!


Para prevenir doenças do coração tenha uma alimentação saudável, faça exercícios físicos
e ame muito!!!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011


Parabéns Instituto Federal Fluminense pelos 102 anos!!!!




Reitora do Instituto Federal Fluminense, Cibele Daher, felicita o centésimo segundo aniversário da instituição, fundada em 23 de setembro de 1909 por Nilo Peçanha.

"Hoje, 23 de setembro, comemoramos 102 anos de uma história de inclusão social e qualidade na educação brasileira. Parabéns a todos e todas que fazem parte desta construção, que já foi Escola de Aprendizes e Artífices, Escola Técnica Federal , Centro Federal de Educação Tecnológica e hoje é uma nova realidade: o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense!"
Cibele Daher Botelho Monteiro
Reitora

Chegou a Primavera!!!!




 
Tim Maia

 


Letra da Música "Primavera"

Quando o inverno chegar
Eu quero estar junto a ti
Pode o outono voltar
Eu quero estar junto a ti
Porque (é primavera)
Te amo (é primavera)
Te amo, meu amor
Trago esta rosa (para te dar)
Trago esta rosa (para te dar)
Trago esta rosa (para te dar)
Meu amor...
Hoje o céu está tão lindo (sai chuva)
Hoje o céu está tão lindo (sai chuva)


 
 

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Hoje é dia da Árvore!!!!
Preserve a natureza.

Quinto distrito


Atafona


Iquipari

A natureza é Bella!!!!!



Hoje também é o dia do Rádio, dia Nacional de Luta dos Portadores de Deficiência, dia Mundial do Mal de Alzheimer e dia Internacional da Paz das Nações Unidas.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Você já reparou como as ruas de Atafona são bem planejadas?






No período da ditadura de Getúlio Vargas foi implantado no Brasil o Plano Agache que serviu de modelo para o planejamento de Atafona. O Plano Agache foi criado pelo francês Donat Alfréd Agache que previa definição de áreas para habitação e serviços, crescimento radial, reestruturação viária e medidas de saneamento.
Entretanto, supõe-se que Atafona foi incluída no Plano Agache devido a conhecimentos e contados feitos neste período para a ampliação do projeto, que já previa o seu desenvolvimento .
 É importante ressaltar que na década de 40 foram construídas as primeiras casas de alvenaria em Atafona.

"Do pontal aos prédios da Marinha, entre a avenida Atlântica e rua Felicíssimo Alves até a rua José Gomes de Sá, a malha existente era dotada de ruas, calçadas e quadras simétricas, de acordo com a Planta de Referência Cadastral do 1º distrito da prefeitura de São João da Barra, elaborada em 1978." (pág. 24. Livro Uma dama chamada Atafona de João Noronha- 2003.)

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

 1ª Expobarra de São João da Barra!!!!


 

Com data marcada para os dias 07, 08, 09 de outubro e apoio da Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer, a Prefeitura de São João da Barra promoverá a 1ª Expobarra do Município.Diversas atrações estão sendo organizadas: Rodeio com Tony Nascimento, provas do laço, 3 tambores e conformação; desfile de cavalos da raça 4º de Milha; exposição de animais como, pônei e paint horse,que também participarão da prova dos tambores; além de shows nacionais e regionais.Na oportunidade, irá ganhar espaço a 1ª FEPE (Feira de preços Especiais) do município.Uma área de14 m²será o espaço que abrigará o evento.Para Alexandre Gomes Rosa, Secretário de Turismo, o evento proporcionará ao município, a demonstração de uma grande exposição. “Será uma grande oportunidade de a nossa Terra mostrar o valor e a força do nosso comercio, através da 1ª. Fepe, e, ainda, apresentar os valores e talentos dos sanjoanenses, na apresentação da 1ª Exposição de São João da Barra”, finalizou Alexandre.

Fonte:http://sjbonline.com.br/comunidade.php?id=179

Programação da 1ª Expobarra: 

http://portalozk.com/portal/






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 Imagens da Primeira Expobarra 
 dias 07, 08, 09 de outubro de 2011









sábado, 3 de setembro de 2011


O maior investimento em infraestrutura portuária da América Latina!!!!!
O Porto do Açu em São João da Barra-RJ







 

segunda-feira, 29 de agosto de 2011


Igreja de São Benedito

 A Igreja foi fundada em 1839, ao lado do Colégio Cenecista. Porém, muito antes da edificação da Igreja de São Benedito, já existia em São João da Barra, desde cerca de 1730, uma confraria de devotos do Santo Antônio dos Negros, cuja imagem, da época dos jesuítas, feita em pedra sabão, encimava um dos altares da Matriz. Atualmente, esta imagem encontra-se em um altar secundário da Igreja. Em 985, o resplendor original de São Benedito foi roubado, juntamente com o de Santa Efigênia e São Benedito Pequeno. Essa confraria ou irmandade comprou, em 1816, um sítio alagadiço na chamada Restinga da Velha Barbosa, em cuja parte mais alta e seca deu início, em 13 de fevereiro de 1820, à construção de um edifício provisório para servir ao corpo da igreja. Sua conclusão em alvenaria, com sólidas paredes de pedra e cal, foi efetivada em dezembro de 1839. Neste ano, o Santo dos Escravos foi solenemente conduzido para sua sagrada casa. Duas importantes reformas foram feitas neste templo: a primeira em 1853 e a segunda em 1956, porém a igreja mantém suas características originais. A fachada principal da igreja de São Benedito apresenta porta em folha dupla de madeira almofadada, com verga semi-curva. Na altura do coro, três janelas com esquadrias encaixilhadas de vidro. Ainda na fachada, estereotomia aparente, sugerindo colunas que ladeiam a porta de entrada principal. Coroando o corpo principal, frontão encimado por cruz.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Praia de Chapéu de Sol

O Mar é tranquilo, um dos melhores pontos do litoral para pesca de linha, próximo do balneário e camping. 

O ambiente tem  muita energia natural, pois  foi  reconhecido pelo medium Chico Xavier. 

De acordo com alguns estudiosos da região, o lugar estimula fenômenos de cura e aparição de OVNIs.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011


Biografia de Jacques Le Goff




Ainda menino, aluno em Toulon, cidade do sul da França onde nasceu em janeiro de 1924, o futuro historiador Jacques le Goff encontrou o seu destino. Depois de ter lido Ivanhoé, a mais famosa novela histórica de Walter Scott, nunca mais deixou de interessar-se pela Idade Média. A tal ponto que, ao completar 80 anos em 2004, foi universalmente reconhecido, juntamente com Georges Duby e Le Roy Ladurie, como um dos maiores Medievalista da França do após-Segunda Guerra Mundial.

Um homem da elite pensante


Castelo d´Usse, no Loire Jacques Le Goff pertence ao supra-sumo da elite intelectual francesa. Sua carreira desde os primeiros bancos escolares até os escalões superiores, foi uma crônica de ascensão intelectual e institucional. Estudou na Escola Normal Superior de Paris, centro de formação dos quadros do magistério francês, depois de ter completado os primeiros anos escolares no não menos famoso Liceu Louis-le Grand, na qual entrou em 1944, época em que Jean-Paul Sartre, outro egresso da Escola Normal tornava-se o ex-aluno mais famoso da França e um dos primeiros filósofos do mundo do após- Segunda Guerra Mundial.
Era uma época de grandes mudanças e a pesquisa histórica não podia ficar longe delas. Na França, desde os finais dos anos vinte, crescia em influência a chamada École des Annales, liderada por um pequeno grupo de historiadores reformistas, reunidos ao redor de Marc Bloch e Lucien Febvre que, desde 1929, vinham publicando uma revista (Annales d'histoire économique et sociale), que tinha por objetivo afastar a historiografia da sua dependência para com a política, como era o gosto da corrente positivista (ainda largamente hegemônica).
Outros temas deviam servir de interesse ao historiador. Novas campos de pesquisas deveriam ser abertos, graças a impulsão da arqueologia, que não se limitassem mais ás visitas aos arquivos estatais atrás das decisões dos governantes, dos reis ou dos presidentes. Uma outra história deveria então nascer que abarcasse as mentalidades das épocas passadas, a geografia, o clima, os costumes, a vida cotidiana, e assim por diante.

Entre os extremos

Jacques Le Goff Seguindo o seu principal mentor, o medievalista Marc Bloch ( fuzilado por militar na resistência francesa à ocupação nazista, em 1944) e dando vazão a sua paixão juvenil, Le Goff, após ter cursado letras em Lille, mergulhou fundo nos manuscritos antigos, nos velhos tratados escolásticos, nos diplomas e pergaminhos, nos rolos veneráveis que guardavam os segredos e as polêmicas do medievo.
Encontrou um outro mundo, bem distante daquela visão cultivada e difundida na França desde os tempos do Renascimento de ser a Idade Média “uma era das trevas”, a dark age dos ingleses. Entretanto, não se inclinou pelo seu extremo: a posição assumida por Chateaubrian, autor do Génie du christianisme, “O Gênio do cristianismo”, de 1802, que, bem ao gosto do romantismo predominante na época da restauração (1815-1830), pintou a epoca das catedrais medievais como uma idade de ouro da cristandade e da vida fraternal.

Agnóstico, procurou formar uma posição eqüidistante entre os detratores e os apologistas da Idade Média que viam-na como a Legenda Dourada, dominada pelo nobre espirito cavalheiresco e cortesão, envolto num clima de autêntica fé. Na concepção dele, a Idade Média formou uma civilização própria, distinta da Antigüidade greco-romano e do mundo moderno. Era um planeta com suas próprias simetrias e circunvoluções e que devia ser assim estudado, pois grande parte dos países europeus procuravam nela, na Idade Média, os seus principias símbolos nacionais.
Bem antes, todavia, de chegar a alcançar essa concepção da existência de uma Civilização do Ocidente Medieval (La civilisation de l´Occident Médiéval, Flammarion, 1997) ele preocupou-se em apresentar um tríptico daquilo que originalmente pareceu-lhe pertinente: os estudos sobre os intelectuais, sobre os mercadores& banqueiros e sobre os heréticos da Idade Média. São peças curtas, brilhantes, de leitura fascinante que mostram uma outra face daquela época que não a da vida monacal e da cortesã. Não foram os mosteiros nem os castelos que o interessaram, mas sim a vida universitária, as corporações de negócios, o surgimento da bolsa de valores e os ruidosos movimentos de contestação à ordem religiosa e monárquica.

A invenção do purgatório

Dante e Virgílio no Purgatório (Luca Signorelli, 1450-1523) O seu grande achado, de fato, foi o livro maravilhoso que dedicou ao Purgatório (La naissance du purgatoire, Gallimard, 1981) Trata-se de um ensaio erudito de sociologia histórico-religiosa no qual ele demonstra como, lentamente, na transição do século XII ao XIII, a idéia da existência do Purgatório começou a tomar corpo no Ocidente Cristão como uma espécie de espaço da tolerância. Uma abertura, uma brecha, na até então rígida geografia do sobrenatural da cristandade que forçava as almas dos homens a inevitavelmente dirigirem-se para o Inferno ou para o Paraíso.
Espaço esse que abriu caminho para a recuperação do passado clássico visto que os autores cristãos, a começar por Dante Alighieri, (A Divina Comédia, 1319-1321), colocaram os grandes filósofos do paganismo, como Platão e Aristóteles e tantos outros mais, com suas almas purgando no limbo. Era um novo cenário do sobrenatural que mantinha-se eqüidistante entre o reino de Satanás, morada das almas danadas e pecadoras, e o reino dos Céus, onde somente os puros adentravam. Rompia-se assim com o dogma até então aceito de que todos aqueles que haviam nascido antes do aparecimento de Jesus Cristo na Terra, mesmo os de cérebro luminoso e homens exemplares, estavam automaticamente condenados às profundezas das trevas.
Le Goff, num levantamento minucioso e erudito, mostrou como o Purgatório surgiu das necessidade de acomodar-se novos fenômenos sociais e tensões morais e éticas que emergiram no seio do cristianismo medieval e que foram canalizados para a invenção do Purgatório.

Duas biografias

Mesmo reconhecendo que a escola historiográfica a que se filiava, a Escola dos Anais, não dava relevância à biografias, Le Goff decidiu-se por publicar dos livros que tiveram ampla repercussão e aceitação publica: a vida de São Luís (a história do rei francês Luís IX, o único a ser canonizado), e outra dedicada a São Francisco de Assis.
O grande rei francês e o monge mendicante italiano, cada um ao seu modo, parecerem-lhe os grandes paradigmas da cristandade medieval, personagens-simbolos que, com seu comportamento exemplar e assumida prática cristã, influenciaram notavelmente tanto as altas rodas da nobreza e das elites políticas e religiosas como em meio ao povo miúdo da Europa pobre daquele tempo.

Por uma outra cronologia

O livro-codex, de ampla circulação na Idade Média Por mais operacional e didática que possa ser a divisão da história feita em Antigüidade, Medievo, Moderno e Contemporâneo, ele se opôs à classificação convencional que menciona a existência de um Baixo Império (os 300 anos que vão de Constantino a Justiniano) ou de uma Alta Idade Média (período que vai da queda de Roma, em 476 , até à viagem de Colombo, em 1492). Para Le Goff a Idade Média é uma só: vai da aparição do livro-codex (caderno ilustrado e costurado, escrito a mão, que substitui o pergaminho) no final do século IV , até a eclosão da Revolução Francesa, em 1789. É uma Idade Média de mil anos, que ignora o Renascimento ou o que convencionou-se chamar de Idade Moderna. No entender dele a periodização mais apropriada seria: Antiga –Medieval - e Contemporânea.

Obras de Jacques Le GoffDictionnaire raisonné de l'Occident médiéval (en collaboration avec Jean-Claude Schmidt), Fayard, 1999Saint François d'Assise, Gallimard,collection "à voix haute", 1999 (CD) Un autre Moyen-Age, Gallimard, 1999Le Moyen Age aujourd'hui, Léopard d'Or, 1998La bourse et la vie, Hachette Littératures, 1997Pour l'amour des villes (en collaboration avec Jean Lebrun), Textuel, 1997La civilisation de l'Occident Médiéval, Flammarion, 1997Une vie pour l'histoire (entretiens avec Marc Heurgon) , La Découverte, 1996L'Europe racontée aux jeunes, Seuil, 1996Saint Louis, Gallimard,1995L'Homme médiéval (dir.), Seuil, 1994La vieille Europe et la nôtre, Seuil, 1994Le 13e siècle: l'apogée de la chrétienté, Bordas, 1992 Gallard, passeport 91-92 : une œuvre d'art à la rencontre de…, Fragments, 1992Histoire de la France religieuse (dir., avec René Rémond), 4 volumes, Seuil, 1988-1992L'Etat et les pouvoirs, (dir.), Seuil, 1989Du silence à la parole : droit du travail, société, Etat, 1830-1985, Calligrammes, 1989Histoire et mémoire, Gallimard, 1988Faire de l'histoire (dir., avec Pierre Nora), 3 volumes, Gallimard, 1986Intellectuels français, intellectuels hongrois, 12e -20e siècle, Editions du CNRS, 1986Crise de l'urbain, futur de la ville: actes, Economica, 1986 L'imaginaire médiéval, Gallimard,1985La naissance du purgatoire, Gallimard, 1981La nouvelle histoire (en collaboration avec Jacques Revel), Editions Retz, 1978Pour un autre Moyen Age, Gallimard,1977Les propos de Saint Louis, Gallimard, 1974 Hérésie et sociétés dans l'Europe pré-industrielle, 11e-18e siècle: communications et débats du colloque de Royaumont, EHESS, 1968Marchands et banquiers au Moyen Age, Le Seuil, 1957 Les intellectuels au Moyen Age, Le Seuil,1956 .

Fonte: